Abra uma Janela para o Desconhecido
- Porfirio Amarilla Filho
- 17 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de jan.
"Ahh, professor, filosofia é muito difícil!" Quantas vezes ouvi essa frase dos meus alunos? Sempre respondo com um sorriso: "Filosofia é mais fácil do que parece. Afinal, se somos capazes de pensar, também somos capazes de filosofar."
Filosofar é um ato profundamente humano. É quando a razão olha para dentro de si mesma e transforma seus próprios pensamentos em objeto de análise, compreensão e, muitas vezes, admiração. É como abrir uma janela para o desconhecido — e quem nunca ficou curioso ao olhar além do que os olhos podem ver?

Pense comigo: você já observou o céu à noite, aquele tapete negro salpicado de estrelas? Já se perguntou o que há além delas? Ou considerou a possibilidade de que, em algum canto do universo, possa existir vida tão complexa quanto a nossa, talvez completamente diferente? Este ato de questionar — de imaginar possibilidades que estão além do alcance imediato dos sentidos — é filosofar. É filosofia pura.
E o que dizer sobre as palavras e as coisas? Por que chamamos uma cadeira de "cadeira" e não de "mesa"? E se o contrário tivesse ocorrido? Será que nossos conceitos mudariam ou apenas os nomes? A Filosofia surge precisamente dessa inquietação. Nasce do momento em que os seres humanos decidiram não apenas aceitar o mundo como ele é, mas perguntar: "O que é isso? Por quê?" (para saber mais clique aqui).
A Filosofia é essa curiosidade incessante, um desejo profundo de compreender as causas das coisas, a essência da realidade e o significado de nossas ações. É um mergulho no mundo dos conceitos e valores, daquilo que dá sentido ao nosso viver. É mais que pensar: é pensar sobre o pensar, refletir sobre o que acreditamos ser verdade e por quê.
No entanto, filosofar não é apenas questionar; é também aprender. Grandes mentes antes de nós — de Sócrates a Aristóteles, de Kant a Simone de Beauvoir — fizeram da Filosofia um instrumento poderoso para compreender o mundo e a si mesmos. E é com eles que aprendemos a transformar nossas inquietações em ferramentas de entendimento.
Filosofar, portanto, é um convite. Um convite a deixar o comodismo de lado e a abraçar o desconhecido. Não é difícil; é fascinante. E, como toda boa aventura, começa com uma simples pergunta: "E se...?"