Filosofia Medieval
Santo Agostinho - Bispo de Hipona
Nascido na Numídia romana (atual Argélia), Agostinho viveu uma juventude marcada pela busca por prazeres e pela adesão a diferentes filosofias. Converteu-se ao cristianismo em 387, após uma intensa crise espiritual. A partir de então, dedicou sua vida à reflexão teológica e filosófica, tornando-se bispo de Hipona.
A filosofia agostiniana é marcada pela tentativa de conciliar a fé cristã com a razão filosófica. Algumas de suas principais ideias são:
O problema do mal: Agostinho busca explicar a origem do mal, defendendo que o mal não possui existência própria, mas é a privação do bem.
A iluminação divina: A mente humana não pode alcançar a verdade por si só, mas precisa da iluminação divina para compreender os mistérios da fé.
A interioridade: Agostinho enfatiza a importância da interioridade e da introspecção para conhecer a verdade sobre si mesmo e sobre Deus.
O tempo: A noção de tempo em Agostinho é complexa, relacionando-a à criação divina e à eternidade de Deus.
A graça: A salvação humana depende exclusivamente da graça divina, que transforma a natureza pecaminosa do homem.
A influência de Plotino (Filosofia Neoplatônica):
A influência de Plotino sobre Agostinho é evidente em diversos aspectos de sua filosofia. Ambos buscavam compreender a natureza de Deus e a relação entre o mundo sensível e o mundo inteligível. A ideia de uma hierarquia cósmica, presente em Plotino, também se encontra em Agostinho, que a adapta à sua teologia cristã.
A obra de Agostinho teve um impacto profundo na teologia e na filosofia ocidentais. Seus escritos foram estudados e comentados por séculos, e suas ideias continuam a ser relevantes para a reflexão contemporânea sobre questões como a natureza de Deus, a condição humana e a relação entre fé e razão. Ainda hoje, Agostinho é considerado o maior teólogo da Igreja Católica Cristã.
A Patrística e Santo Agostinho:
É importante destacar que a filosofia de Agostinho se insere no contexto da Patrística. A Patrística é o ramo da teologia cristã que reuniu os ensinamentos dos primeiros padres da Igreja e que interpretou e consolidou a doutrina cristã em diálogo com a filosofia greco-romana. Esses teólogos, como Agostinho, desempenharam um papel crucial na formulação e consolidação das bases doutrinárias do cristianismo, buscando conciliar a fé cristã com a filosofia grega.

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